A obra problematiza o reconhecimento da dislexia como distúrbio ou dificuldade de aprendizagem da escrita. Discutindo a inconsistência etiológica e sintomatológica desse suposto distúrbio, bem como a fragilidade das formas de diagnosticá-lo, a autora analisa casos de sujeitos rotulados como portadores de dislexia e mostra que eles - ao contrário dos rótulos que carregam - estão em pleno processo de construção da escrita.
Índice
Prefácio
Apresentação
1 - A (in)definição da dislexia: uma leitura histórica.
Um equívoco conceitual
* A abordagem organicista
* A perspectiva cognitivista ou instrumental
* A visão psicoafetiva
A dislexia (in)definida por órgãos oficiais nacionais e internacionais
A dislexia nos manuais de classificação e codificação de doenças
2 - Reflexões sobre a linguagem: o panorama teórico.
A corrente sócio-histórica
A linguagem como atividade constitutiva
O texto
A análise de fatos característicos da apropriação da escrita
3 - "Sintomas disléxicos": hipóteses sobre a escrita em construção.
A fragilidade descritiva
Os "sintomas disléxicos"
4 - Avaliação: um rótulo patológico
O equívoco na avaliação.
A questão da "prontidão"
As tarefas avaliativas
* A descontextualização das tarefas avaliativas
* A desconsideração de ações com, sobre e da linguagem
* A indistinção entre a oralidade e a escrita e demais inadequações avaliativas
5 - Produções textuais: uma trilha para superar equívocos.
Crianças rotuladas como "portadoras" de dificuldades de aprendizagem da linguagem escrita: estudo de casos
* O caso G.W.G.
* O caso G.A.
* O caso L.H.M.
* O caso M.S.
* A relevância dos casos estudados
Considerações finais
Referências bibliográficas